sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Experiências musicais

Quase ano e meio se foi desde o início desta saga experimental registrada aqui para o universo das nuvens computacionais. Meu objetivo inicial era explorar ao máximo a produção musical e aprender sobre novos ritmos, novas formas de entender a diversão e construção sonora e poética da realidade que pessoas com habilidades exclusivas se dedicaram a nos oferecer.

Tudo começou com alguns LPs, bolachões de vinil que herdei de meu pai; hoje se estendeu a formatos digitais (MP3, FLAC, WMA, e outros) para tentar abarcar o espectro de registros que músicos de talento - alguns nem com tanto talento assim. O formato digital circula livremente na web e acabo por me aproveitar do compartilhamento de dados que as ferramentas modernas, como o torrent e o LimeWire, possibilitam.

Minha cultura musical se expandiu sobremaneira durante este período de experimentação e constato que também percebo mudanças substanciais em meu comportamento. A música é uma arte incrível: mistura de dança (mesmo que só em pensamento) e poesia. Com música aos nossos ouvidos, podemos novamente sermos crianças, podemos lembrar daquele dia incrível ao lado dos amigos, viajar até lugares desconhecidos ou que vivem em nossa memória, fazer uma catarse mais do que devida sobre assuntos escondidos nos recônditos de nossos corações.

Há duas semanas que não compartilho com vocês que andam descobrindo por aí. Pois então... Depois de ouvir um tanto de Velvet Underground e The Clash, retomei o som do Beirut que - apesar de meu amigo Malacco insistir em ser um som depressivo, me faz lembrar de Dostoévski e meu sonho de conhecer os países do leste europeu -, desbravei os álbuns do Jackson 5 e Michael Jackson nos tempos da Motown (com direito a mash ups e remixes), o jazz de Brad Mehldau e até o rockabilly de Arnaldo Antunes - que tem se revelado mais multimídia do que imaginava ser possível a um ser humano.

A música liberta. Viva sua liberdade você também! O mundo é grande, mas a vida - ainda que curta - é tempo suficiente para que ele caiba em seu coração. Basta ter os olhos atentos, ouvidos abertos, disposição para aprender.

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