sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dia 12> Sexta-feira sem juízo

Finalizar a semana. Dizem que é o dia mais feliz. Também é o dia de menor rendimento no trabalho. Será esse um efeito da expectativa do final de semana ou cansaço real depois de tanta lerê lerê?

Perguntas filosóficas à parte, a falta de juízo é do Pink Floyd. A playlist continua rolando, mas ficou apertado ouvir música nesta semana de muito trabalho e sol escaldante.

Será o fim do mundo? Acho que vou tirar da minha lista os filmes catastróficos e apocalípticos...



The Final Cut (1983)
  1. "The Post War Dream" - 3:02
  2. "Your Possible Pasts" - 4:22
  3. "One of the Few" - 1:23
  4. "The Hero's Return" - 2:56
  5. "The Gunner's Dream" - 5:07
  6. "Paranoid Eyes" - 3:40
  7. "Get Your Filthy Hands Off My Desert" - 1:19
  8. "The Fletcher Memorial Home" - 4:11
  9. "Southampton Dock" - 2:13
  10. "The Final Cut" - 4:46
  11. "Not Now John" - 5:01
  12. "Two Suns in the Sunset" - 5:14

Álbum oitentista descarado. É provável que fãs de Dire Straits e companhia também gostem de The Final Cut. Fica aí a dica para a galera PLOC.




A Momentary Lapse of Reason (1987)
  1. "Signs of Life" (David Gilmour, Bob Ezrin) – 4:24
  2. "Learning to Fly" (Gilmour, Anthony Moore, Ezrin, Jon Carin) – 4:53
  3. "The Dogs of War" (Gilmour, Moore) – 6:05
  4. "One Slip" (Gilmour, Phil Manzanera) – 5:10
  5. "On the Turning Away" (Gilmour, Moore) – 5:42
  6. "Yet Another Movie" (Gilmour, Patrick Leonard) / "Round and Around" – 7:28
  7. "A New Machine (Part 1)" – 1:46
  8. "Terminal Frost" – 6:17
  9. "A New Machine (Part 2)" – 0:38
  10. "Sorrow" – 8:46
Por um momento achei que fosse ter um revival psicodélico quando começou a primeira faixa, mas logo veio a segunda e ficou claro que o Pink Floyd realmente tinha aderido ao estilo oitentista. Fazer o quê?


Já baixei o Mágico de Oz original (clique aqui para download do torrent) para fazer a experiência do Dark Side of the Rainbow no final de semana.

Allah me proteja!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Como o vinil mudou minha vida

2009 foi um ano único em minha vida. Único porque me permiti colocar em prática vários projetos que estavam em stand by desde 2008. Único porque me permiti me permitir.

Um dos resultados mais legais foi botar em uso a coleção de LPs empoeirada do meu pai e descobrir gostos musicais novos, mais cultura para alimentar minha alma.

Escutar vinil é uma arte. Coisa que merece dedicação, senão devoção.

Quando criança ainda tive contato com aqueles grandes discos pretos e com o aparelho com o braço e a agulhinha na ponta. Meu pai até tinha me dado uma Eletrola Philips amarela... Felizmente preservada até hoje e com a qual posso me deliciar com os LPs.

Aos 10 anos fui apresentado ao Compact Disc, vulgo CD. Ganhei meu primeiro álbum nesse formato no meu aniversário de 1990: Information Society. Super engraçado... nem tinha um tocador em casa. Tive de esperar mais um mês até convencer meu pai a comprar um.

Lembro do trombolho que era o carrossel da Gradiente para 5 discos. Tudo conectado ao grande sistema de som Pioneer do meu pai; ainda com vitrola, equalizador, K7 e tudo o mais. Como aquilo ocupava espaço.

Quase 20 anos depois reencontro meus velhos discos e os discos de meu pai. Todos aguardando serem revelados, apresentados aos meus ouvidos. Alguns álbuns ainda intocados, lacrados, pedindo para serem libertados.

E eu ali. Com minha Eletrola amarela, desbravando o passado em busca do futuro.

Escutar discos de vinil é sim uma arte. Algo com seu próprio Bushido.

A música moderna está formatada ao consumo imediato. Podemos deglutir rádio digital via internet, queimar MP3s aos lotes para nossos iPhones, iPods e afins, conectá-los ao rádio do carro, ao som da sala, ao computador. E as bandas passam, as músicas voam daqui para lá e ninguém lembra quem tocou o quê.

A música deixou de ser uma trilha sonora complementar ou um estímulo do ócio e à filosofia vã do dia-a-dia para ser um objeto, uma coisa, um isso e só.

Colocar a agulha da vitrola no local certo, apreciar a equalização oca do LP, ouvir os chiadinhos ao fundo é exercer a paciência - algo tão em desuso atualmente.

Virar o lado quando disco acabar, trocar o disco, esperar, recomeçar. Entender que para haver continuidade é preciso compromisso, dedicação.

Guardar os discos com cuidado. Saber que a música está ali. E que caso ela se perca, ela realmente se foi e não vai voltar.

As coisas têm fim.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dia 11> Pink Floyd nas baixuras (bati a cara no muro!)

Ontem fui salvo pelo trio Pink Floyd, Linkin Park e Edgar Morin. A TAM atrasou o vôo em uma de minhas conexões e fui marginalizado para um vôo no final da noite. Fiquei ilhado no Santos Dumont por algumas horas.

O bom foi aproveitar o tempo para assistir a The Wall (clique aqui para assistir ao filme), escutar novamente um pouco das playlists já postadas do Pink Floyd e retomar um hábito antigo, o Linkin Park. Bem, vamos ao objeto de nossa proposição deste blog atualmente.



Se Michael Jackson teve a oportunidade de introduzir um divisor de águas com Thriller, o britânico Pink Floyd levou ao extremo a fórmula. Não sou muito chegado a musicalidades intensas em filmes e, na verdade, tenho pavor de musicais apesar de gostar de ópera. Encarei The Wall como um mega vídeo clip.





A linguagem do filme é interessante, faz uso de recursividades e para os fans da banda britânica, a quase total inexistência de diálogos não deixa nada a perder. As animações são certamente um recurso muito bem explorado e me pareceu uma influência direta para Do the Evolution do Pearl Jam.





As referências à exclusão social, à loucura e aos regimes totalitários são retas e incisivas. O domingo não foi perdido, mas poderia ter sido melhor.

Nem sempre temos tudo que queremos, não é verdade!?